Em 2025, a Penguin dá-nos a ler Dino D’Santiago, Rita Redshoes e Clarice Lispector

As novidades do grupo editorial foram apresentadas e, entre elas, destacam-se livros de artistas portugueses, a obra completa de Clarice Lispector e algumas estreias, portuguesas e estrangeiras.

Jan 17, 2025 - 11:51
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Em 2025, a Penguin dá-nos a ler Dino D’Santiago, Rita Redshoes e Clarice Lispector
Em 2025, a Penguin dá-nos a ler Dino D’Santiago, Rita Redshoes e Clarice Lispector

A estreia de músicos como Rita Redshoes e Dino D’Santiago no campo da ficção ou da autobiografia (respectivamente), a entrada de novos nomes portugueses e estrangeiros no catálogo, a publicação da obra completa de Clarice Lispector e dois romances inéditos de Georges Simenon. Estes são os destaques que figuram nas novidades que a Penguin Random House apresentou, esta quinta-feira, para o primeiro semestre de 2025. 

Na Brotéria, no Chiado, os editores das chancelas do grupo Penguin Random House juntaram-se para apresentar os livros que serão lançados de Janeiro a Julho deste ano. Entre os que se apresentam, pela primeira vez, no mundo da ficção está Rita Redshoes. Este é o seu quinto livro, mas também o primeiro romance. Ao entrelaçar a autobiografia e a ficção, Crescer à Sombra revela-se um coming of age sobre uma menina de nove anos a crescer nos anos 80. É publicado pela Suma de Letras, a 3 de Março. Ainda com a música como ponto de partida, Dino D’Santiago apresenta Cicatrizes, um “autorretrato emocional” que contempla um conjunto de textos e histórias, em que o artista se debruça sobre temas como a liberdade, a saúde mental ou a paternidade. É lançado a 12 de Maio.

Outros nomes que se estreiam no mercado português incluem o italiano Andrea Bajani com O Aniversário, descrito como um livro-sensação, que será publicado em mais de 25 países. Sai em Portugal, pela Alfaguara, na tradução de Sofia Ribeiro, a 26 de Maio. Pela Companhia das Letras, destacam-se Lavores de Ana, primeiro romance da tradutora Ana Cláudia Santos (31 de Março); Saber Perder, primeira prosa de Margarida Ferra (3 de Fevereiro); e Humanos Exemplares, que dá a conhecer a escrita da brasileira Juliana Leite, que venceu o O. Henry Prize, o prémio mais prestigiado de contos no mundo (17 de Fevereiro). Já a Suma de Letras edita Três Camadas de Noite, primeira obra da jornalista e escritora brasileira Vanessa Barbara a ser publicada em Portugal (20 de Janeiro). 

A publicação da obra completa de Clarice Lispector, pela Companhia das Letras, é talvez o ponto alto deste primeiro semestre. Com uma nova roupagem, a colecção inicia-se com quatro romances que abarcam 35 anos de carreira da autora. São eles Perto do Coração Selvagem, A Paixão Segundo G.H., Água Viva e Um Sopro de Vida. Estas novas edições contam ainda com pequenos textos de apresentação de Susana Moreira Marques, Carlos Mendes de Sousa, Joana Matos Frias e Pedro Mexia. São lançados já a 20 de Janeiro e, no Outono, espera-se a publicação de mais um livro de Lispector, desta vez inédito. 

Os clássicos continuam na Cavalo de Ferro, chancela sob a qual são publicados dois romances do escritor belga George Simenon, conhecido pelos policiais protagonizados por Maigret. A Neve Estava Suja e As Janelas Defronte, traduzidos por Diogo Paiva, chegam às livrarias a 31 de Março. Na Penguin Clássicos, duas colecções são lançadas a 26 de Maio. Uma delas é a Penguin Great Ideas, que inclui reedições de obras de Virginia Woolf, Mary Wollstonecraft, Sun Tzu e Robert Louis Stevenson nas capas originais. A outra é a Little Black Classics, com livros ainda mais pequenos que os habituais Penguin Clássicos. Esta leva conta com O Banqueiro Anarquista, de Fernando Pessoa, Diários de Adão e Eva, de Mark Twain, e Prelúdio, de Katherine Mansfield. 

E na não-ficção, estreia-se a Objetivamente, colecção da Objectiva que, entre Março e Maio, publica quatro obras dos autores Daniel Cohen, Anna Pacheco, Slavoj Žižek e Lucía Lijtmaer sobre temas que vão da economia ao turismo.

Em 2025, chegam-nos também novos livros de Elizabeth Strout, Leïla Slimani, James Baldwin, Hugo Gonçalves, Eliane Brum, do Nobel da Literatura Abdulrazak Gurnah, de Fernanda Melchor e de Taylor Jenkins Reid, além do regresso de Ricardo Adolfo e de Cláudia Andrade. Há ainda novelas gráficas de María Hesse e Keum Suk Gendry-Kim, que já esteve na Amadora BD.

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