Árvores dão sinais e avisam antes de vulcão entrar em erupção, descobre a Nasa
Uma ajuda improvável está surgindo para quem vive perto de áreas perigosas: cientistas descobriram que as árvores dão sinais antes da erupção de um vulcão começar. Antes da erupção, gases liberados pelo magma subterrâneo alteram a cor das árvores, que ficam mais verdes. A descoberta faz parte de uma colaboração inovadora entre o Instituto Smithsonian […]


Uma ajuda improvável está surgindo para quem vive perto de áreas perigosas: cientistas descobriram que as árvores dão sinais antes da erupção de um vulcão começar.
Antes da erupção, gases liberados pelo magma subterrâneo alteram a cor das árvores, que ficam mais verdes. A descoberta faz parte de uma colaboração inovadora entre o Instituto Smithsonian e a NASA.
A mudança pode ser percebida de longe, no espaço e oferece uma nova forma de alerta antecipado. Para 800 milhões de pessoas que vivem próximas a vulcões potencialmente perigosos, a descoberta é uma virada de jogo.
Testado e comprovado
A equipe da NASA e do Smithsonian já testou a técnica ao redor do Monte Etna, na Itália. Eles comprovaram que o “esverdeamento” das árvores estava diretamente ligado à atividade vulcânica.
Os dados, somados a outras informações sísmicas e ao levantamento da altura do solo, mostram um panorama completo do que estava acontecendo dentro da Terra.
No caso do vulcão Mayon, nas Filipinas, os sensores de solo e a análise da vegetação ajudaram a prever a erupção. Com um alerta, o local foi evacuado e centenas de pessoas foram salvas
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Como acontece
Quando o magma começa a se mover abaixo de um vulcão, ele libera dióxido de carbono (CO₂) no solo e no ar.
As árvores ao redor absorvem esse gás em excesso e, com isso, passam por uma espécie de “revitalização”.
A mudança pode ser detectada por satélites, mesmo quando o gás ainda não é visível nas imagens.
Importância da descoberta
O dióxido de enxofre, outro gás emitido por vulcões, é monitorado há anos, mas só aparece perto da hora da erupção.
Já o CO₂, surge antes e é mais difícil de identificar diretamente.
Por isso, observar a vegetação se tornou uma alternativa muito eficaz.
“Estamos interessados não apenas nas respostas das árvores ao dióxido de carbono vulcânico como um alerta precoce de erupção, mas também enquanto as árvores são capazes de absorver, como uma janela para o futuro da Terra quando todas as árvores do planeta estiverem expostas a altos níveis de dióxido de carbono”, Josh Fisher, da Universidade Chapman, na Califórnia, em entrevista ao Sci-Tech Daily. Com sensores, o grupo mede a concentração de dióxido de carbono. – Foto: Alessandra Baltodano
O dióxo de carbono deixa a vegetação mais verde e passa a ser um sinal. – Foto: Alessandra Baltodano/Universidade Chapman