Obras na zona da Avenida Santos Dumont devem estar completas no final de 2026
Segunda fase da requalificação da Avenida Santos Dumont foi apresentada esta quarta-feira. Ruas Tenente Espanca, Dom Luís de Noronha e Actor Alves da Costa terão mais árvores e passeios mais amplos.


Foi apresentado esta quarta-feira, dia 4 de Junho, o projecto para a segunda fase de requalificação da zona da Avenida Santos Dumont, no Palácio Galveias. A obra que arrancou em Agosto do ano passado deverá ter a primeira fase concluída no final de Julho, prevendo-se o arranque da intervenção nas ruas perpendiculares Tenente Espanca e Dom Luís de Noronha, bem como na Rua Actor Alves da Costa, para o último trimestre do ano.
Nas três ruas, prevêem-se sobretudo mudanças no sentido de uma melhor mobilidade pedonal, a reorganização dos lugares de estacionamento, novo mobiliário e mais árvores, numa resposta às alterações climáticas e ao efeito de ilha de calor. O projecto da segunda fase de obra, que tem a duração prevista de 10 meses, envolve, assim, 56 novas árvores (17 em floreiras, já que as estruturas do subsolo não permitiam, em alguns pontos, a plantação de árvores em caldeiras), a criação de 500 metros quadrados de canteiros, mais 51 pontos de iluminação pública, passeios mais largos e com pavimento anti-derrapante e três novos bancos. Com a intervenção, perde-se ainda um total de nove lugares de estacionamento.
Ainda para esta zona mas fora deste projecto, está planeada a criação de uma nova escola, na zona ocupada hoje por serviços de venda de automóveis e oficina, entre as ruas Dom Luís de Noronha e Actor Alves da Costa. "Vai diminuir substancialmente a mancha de carros nesta zona", fez ver o arquitecto paisagista da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), Victor B. Diniz, durante a apresentação do projecto.
O automóvel no topo das preocupações
Na presença dos responsáveis da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), Isabel Neto, João Marrana e Victor B. Diniz, do director do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Paulo Diogo, e do presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, Daniel G. Silva, houve ainda tempo para traçar um balanço da primeira fase de intervenção na Avenida Santos Dumont. As reclamações foram muitas, mas, além do pó levantado pelas obras, praticamente tudo se relaciona com a circulação automóvel.
De acessos dificultados às garagens à alegada falta de zonas para cargas e descargas e às dificuldades agudas em encontrar lugar para estacionar (alguns moradores referiram situações em que estiveram uma a duas horas à procura de lugar e também os dias em que a vizinha Gulbenkian tem eventos e em que o eixo junto à Avenida Santos Dumont – sem parquímetros devido às obras – se torna apetecível para estacionar), foram vários os problemas nomeados. "Por que não tornar esta zona exclusiva para residentes durante o período das obras?", questionou uma residente, com a promessa por parte da CML de que iria averiguar essa possibilidade junto da Emel.
A primeira fase de requalificação da avenida deveria ter terminado em Fevereiro, mas tanto "a substituição de troços de rede" como o volume de precipitação acima do habitual nesta Primavera fizeram atrasar a obra. O novo prazo em cima da mesa é o final de Julho, "na pior das hipóteses", assegurou a directora de projectos da SRU, Isabel Neto.