Quer faltar na terapia? Veja o que isso pode revelar sobre você
Querer faltar a sessão de terapia é mais natural do que se imagina. Especialista aponta os principais motivos

As sessões de terapia são momentos importantes de autocuidado na rotina de muitas pessoas. Há quem, inclusive, aguarde ansiosamente pelo próximo encontro com o psicólogo. No entanto, em algumas semanas, certos pacientes sentem vontade de “fugir” da sessão, mesmo tendo uma boa relação com o profissional. Para entender melhor esse comportamento, conversamos com a psicóloga Raquel Baldo, que explicou o que costuma acontecer nesses períodos.
O que significa ter vontade de faltar na terapia?
De início, Raquel destaca que estar em terapia é, acima de tudo, um ato de coragem. Isso porque, na maioria das vezes, o processo envolve desafios, exige vulnerabilidade, compromisso consigo mesmo e o enfrentamento de questões internas delicadas. Diante desse cenário, é natural que o cérebro ative mecanismos de defesa — ainda que o profissional seja de total confiança.
A psicóloga aponta algumas possíveis causas para esse desejo de evitar as sessões:
1. Falta de afinidade
Uma delas é a falta de vínculo entre paciente e terapeuta. Vale ressaltar que isso não significa que o profissional seja ruim, apenas que, por vezes, não há identificação entre as necessidades de quem busca atendimento e a abordagem daquele terapeuta.
2. Mecanismo de defesa
Outro fator é o processo de fuga do próprio paciente. Querendo ou não, estar em terapia é um momento em que nos vemos expostos, não ao outro mas às nossas questões mais profundas. E nem sempre esse encontro revela aspectos agradáveis. Encarar fragilidades e conflitos internos pode ser desconfortável e, para muitos, difícil. Nesses casos, o cérebro reage tentando proteger a pessoa, evitando aquilo que considera doloroso.
Mas Raquel também reforça que a terapia não é para ser um espaço de conforto, pelo contrário. Ela precisa ser segura para que o paciente se exponha, mas provocativa o suficiente para acessar questões que incomodam.
Cabe ao terapeuta perceber esses momentos e buscar estratégias para acolher as inseguranças e resistências, respeitando o tempo de cada um.
3. Falta de vontade
Há ainda o paciente que simplesmente não quer se envolver no processo terapêutico. Muitas vezes, ele sabe que tem algo a ser trabalhado, mas não está disposto a se aprofundar neste momento – e cabe ao terapeuta respeitar essa decisão.
4. Necessidade de espaço
Por fim, a psicóloga explica que, em processos terapêuticos de longa duração, é comum que o paciente eventualmente precise de um tempo para vivenciar, sozinho, aquilo que foi trabalhado.
Em todos os cenários, é importante que o terapeuta esteja atento aos sinais indiretos transmitidos pelas faltas e reavalie, junto ao paciente, os caminhos percorridos. Do lado de quem busca ajuda, vale refletir sobre o que está sendo evitado e quais sentimentos estão por trás dessa vontade de fugir.
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